Jaren Jackson Jr. pode ter perdido uma oportunidade financeira gigantesca – e tudo por causa de uma partida ruim. O astro do Memphis Grizzlies era o favorito ao prêmio de Jogador Defensivo do Ano (DPOY), o que o tornaria elegível para uma extensão supermax histórica de US$ 345 milhões.
No entanto, uma atuação abaixo do esperado contra Evan Mobley pode ter custado não apenas o prêmio, mas também cerca de US$ 200 milhões (R$ 1,1 bilhão) em ganhos contratuais.
Antes do confronto do último domingo (23/2), entre Memphis Grizzlies e Cleveland Cavaliers, Jackson liderava a corrida pelo DPOY. Com Victor Wembanyama fora da temporada devido a um coágulo sanguíneo, a disputa ficou essencialmente entre ele e Mobley. Essa era a oportunidade ideal para Jackson consolidar seu favoritismo, mas, em vez disso, ele teve uma de suas piores exibições do ano.
Números de uma noite para esquecer
Ao enfrentar Mobley, Jackson encontrou dificuldades significativas, acertando apenas 1 de 6 arremessos de quadra quando marcado pelo adversário. Enquanto isso, Mobley teve um desempenho dominante, acertando 2 de 4 contra Jackson.
No total, Jackson encerrou o jogo com 22 pontos, quatro assistências, três rebotes, dois roubos de bola e um bloqueio, com 9 de 18 nos arremessos de quadra e apenas 1 de 5 nas bolas de três. Já Mobley brilhou com 25 pontos, 13 rebotes, oito assistências e três bloqueios, convertendo 10 de 20 arremessos e liderando os Cavaliers na vitória por 129 a 123.
No dia seguinte, as odds para o prêmio mudaram drasticamente, com Mobley ultrapassando Jackson na corrida pelo DPOY, alterando o cenário da temporada.
Se Mobley mantiver o desempenho e conduzir os Cavaliers à primeira posição do Leste, as chances de Jackson conquistar o prêmio – e consequentemente o supermax – diminuem consideravelmente.
Para os Grizzlies, isso pode representar um alívio financeiro. Caso Jackson vencesse o DPOY, ele se qualificaria para a extensão supermax, podendo assinar um contrato de até US$ 345 milhões por cinco anos. Sem o prêmio, sua extensão máxima cai para cerca de US$ 147 milhões por quatro anos – uma perda de quase US$ 200 milhões para o jogador, mas uma grande economia para a franquia.
Ainda assim, Jackson possui uma alternativa financeira na offseason. Seu contrato atual inclui uma cláusula de renegociação que permite aos Grizzlies aumentar seu salário de US$ 23,3 milhões para US$ 36,5 milhões na próxima temporada.
Além disso, Memphis pode oferecer uma extensão máxima de quatro anos no valor de US$ 229 milhões. Apesar de ser um valor significativo, é bem inferior ao supermax que ele poderia ter garantido com um segundo DPOY.
Mesmo sem o prêmio, Jackson continua tendo uma ótima temporada, com médias de 22,8 pontos, 6,0 rebotes e 2,2 assistências, além de 49,2% de aproveitamento nos arremessos e 35,4% nas bolas de três. No entanto, seu caminho para o supermax se torna mais complicado.
A melhor chance de Jackson garantir esse contrato era pelo DPOY, já que uma vaga em um time All-NBA será um desafio ainda maior. A concorrência na posição de ala é feroz, com nomes como Jayson Tatum, Giannis Antetokounmpo, Kevin Durant, Anthony Davis, Anthony Edwards, LeBron James, Jaylen Brown, Evan Mobley e Jalen Williams – todos com argumentos mais sólidos para integrar a seleção.
No fim, essa partida pode ter sido um divisor de águas para o futuro financeiro de Jackson. Se Mobley levar o DPOY, os Grizzlies economizarão uma quantia significativa, enquanto Jackson terá que aceitar um contrato consideravelmente menor.
Essa situação ressalta o impacto de um único jogo na NBA – onde uma noite ruim pode custar centenas de milhões de dólares.
