Time gigante levou multa de 100 milhões de dólares após trapaça

A McLaren conseguiu evitar uma punição severa. O caso aconteceu em 2007, quando a equipe foi penalizada com a perda de todos os pontos acumulados no Mundial de Construtores de Fórmula e foi multada em US$ 100 milhões após uma audiência do Conselho Mundial da FIA, realizada na França, para avaliar o caso de espionagem que afetou a categoria.

Apesar da punição, os pilotos da McLaren na época, Lewis Hamilton e Fernando Alonso, foram poupados de qualquer sanção. Hamilton seguiu na liderança do campeonato, com 92 pontos, que no fim acabou sendo perdido para Kimi Raikkonen. Enquanto Alonso manteve seus 89 pontos.

Chefe da equipe disse não haver provas da irregularidade

Dennis defendeu a McLaren, afirmando que não ficou provado que a equipe tenha se beneficiado das informações da Ferrari. “Nunca negamos que as informações da Ferrari estavam em posse de um de nossos funcionários. A questão é: essas informações foram usadas pela McLaren? Esse não é o caso, e não foi provado hoje”, explicou na ocasião.

Porém, a FIA considerou a McLaren culpada pelo uso de dados confidenciais da Ferrari, que contribuíram para os resultados no Mundial daquele ano.

O caso de espionagem teve início com a Ferrari, que demitiu Nigel Stepney por sabotagem e vazamento de informações. Stepney teria entregado a Mike Coughlan, então engenheiro da McLaren, um relatório de mais de 500 páginas contendo dados técnicos confidenciais da equipe.

De acordo com o relatório do Tribunal de Modena, a dupla teria realizado trocas de chamadas telefônicas, principalmente durante os finais de semana de corrida, o que sugere a troca de informações. Ambos estão sendo julgados em um processo separado.

Em 26 de julho de 2007, a FIA decidiu não aplicar punições à equipe, alegando a falta de provas suficientes. No entanto, a entidade deixou o caso em aberto, permitindo a possibilidade de novas evidências surgirem.

E foi o que aconteceu. Antes do GP da Itália, realizado no dia 9 de setembro de 2007, a FIA enviou uma carta a todas as equipes e aos pilotos da McLaren solicitando a entrega de quaisquer provas relacionadas ao caso. A ameaça de uma “dura punição” foi feita caso a colaboração não fosse fornecida. O termo “anistia” foi utilizado para incentivar a ajuda. Como resultado da colaboração, os pilotos mantiveram seus pontos, enquanto apenas a equipe foi penalizada.