NBA: Bill Simmons faz afirmação ousada sobre a relação Michael Jordan e árbitros
Bill Simmons nunca teve receio de fazer declarações polêmicas, e suas recentes observações sobre a influência de Michael Jordan sobre os árbitros da NBA geraram grande repercussão.
Em seu podcast, Simmons afirmou que Jordan tinha os árbitros “no bolso”, comparando o tratamento que recebia à reverência concedida a Beyoncé ao entrar no palco. Segundo ele, não se tratava apenas de decisões favoráveis, mas do modo como os árbitros idolatravam Jordan, algo que, em sua visão, fortalece ainda mais o argumento de que ele é o maior de todos os tempos (GOAT).
“O melhor que já vi no trato com os árbitros ao longo dos anos foi Jordan. Mas acho que ele possuía um estrelato tão intenso que isso quase reforça seu status de GOAT.“
Domínio total sobre os árbitros nos anos finais da carreira
Simmons explicou que, especialmente nos últimos três anos de sua carreira, Jordan exercia um domínio absoluto sobre os árbitros, os torcedores e o ambiente ao seu redor. Ele recebia praticamente todas as marcações que queria e, se discordasse de uma decisão, podia expressar seu descontentamento sem receio de punições.
“Se Jordan gritasse com um árbitro, o impacto era evidente. O árbitro ficava visivelmente incomodado, quase como se tivesse desapontado Jordan. Você podia ver que eles perdiam um pouco o controle. Ele era o melhor nesse aspecto.”
Simmons também mencionou que Kobe Bryant possuía um nível semelhante de influência sobre os árbitros, embora não no mesmo grau de Jordan.
O comentário do analista reforça uma realidade da NBA: superestrelas frequentemente recebem tratamento diferenciado. No entanto, Simmons argumenta que ninguém exerceu tanto respeito e controle sobre a arbitragem quanto Jordan. Para alguns, isso pode parecer injusto; para outros, foi simplesmente um reflexo de sua grandeza e influência.
LeBron James e a diferença no tratamento
Simmons também destacou que LeBron James nunca recebeu o mesmo tipo de privilégio. Diferente de Jordan, cujo jogo era baseado em técnica e arremessos de média distância, LeBron sempre se apoiou na força física e no contato direto com os adversários. Isso fez com que os árbitros fossem mais relutantes em marcar faltas a seu favor.
Esse fenômeno já afetou outros jogadores dominantes fisicamente, como Shaquille O’Neal. Como conseguiam finalizar mesmo sofrendo contato, os árbitros muitas vezes deixavam de marcar faltas, assumindo que o impacto não comprometia a jogada. Essa abordagem resultou em uma arbitragem diferente para LeBron, em contraste com Jordan e Kobe Bryant, que tinham um estilo de jogo mais refinado e menos físico.
A opinião de Simmons pode desagradar alguns fãs de LeBron, mas é difícil contestá-la. Jordan teve vantagens que iam além de sua habilidade técnica — ele era um ícone cultural que magnetizava tudo ao seu redor, incluindo os árbitros.
No fim das contas, o tratamento diferenciado para superestrelas é uma realidade na NBA, mas o nível de influência de Jordan foi inigualável. Ele não era apenas um grande jogador; era uma lenda viva. Os árbitros não estavam apenas apitando um jogo — estavam apitando o jogo de Michael Jordan.