A Seleção Brasileira não vive os melhores dias há algum tempo. Apesar do surgimento de grandes craques que atuam dentro e fora do país, o passo seguinte para se impor e conquistar títulos nunca é alcançado. Com o insucesso, as críticas em torno da geração aparecem e o ciclo se repete constantemente.
A reputação que já está mal, porém, sempre pode piorar. Em entrevista ao “Abre Aspas”, do ge, uma das principais estrelas da Seleção em 2010 revelou a verdade sobre uma suposta entregada: “Aquele jogo foi uma lição para a federação internacional para fazer o “manipulation course”. Hoje não existe a possibilidade de fazer isso por conta do regulamento… A gente sempre teve conversa sadia. Foi uma decisão sadia entre os atletas e a comissão por saber respeitar a opinião da maioria.”
Rumo ao título
A fala acima é de Giba e faz menção à derrota da Seleção Brasileira no Mundial de Vôlei em 2010 diante da Bulgária. O Brasil, já classificado à próxima fase da competição, pôde “escolher” o adversário nas Oitavas de Final e não pensou duas vezes: “É a pergunta que eu faço para vocês e para todo mundo em casa: ‘Gente, vocês prefeririam jogar contra Rússia e Cuba ou contra República Tcheca e Alemanha?’ Pelo amor de Deus, né?”
A entregada fez a Seleção Brasileira ter um caminho mais fácil na terceira fase do Mundial disputado na Itália e, consequente, exigiu menos dos atletas que encerraram a campanha com o título na bagagem. O Brasil aplicou uma revanche em cima de Cuba – venceu o confronto na Primeira Fase – e garantiu a terceira conquista em sets diretos.
“Todo mundo sempre teve o foco de ser campeão. Foi pensar que estou fazendo um bem maior para ser campeão mundial. Ali não quer dizer vitória ou derrota, quer dizer a busca pelo tricampeonato mundial. (…) Foi uma decisão em conjunto para termos um caminho, teoricamente, mais fácil”, declarou Giba.