Direto da China, Lula revela sugestão para convocação da Seleção Brasileira

Durante sua passagem por Pequim, na China, nesta terça-feira (13), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou sobre o momento da Seleção Brasileira e a chegada do técnico italiano Carlo Ancelotti, que assumirá o comando da equipe a partir do dia 26 deste mês. Segundo o mandatário, o principal problema da seleção não está no comando técnico, mas na qualidade atual dos jogadores.

“O problema do Brasil é que estamos numa entressafra de jogadores que não se compara às gerações anteriores. Se você lembrar dos times de 1958, 1962, 1970, 1982, 1986, 2002 e 2006… essa geração é mais fraca tecnicamente”, afirmou Lula, ao deixar o Fórum China-Celac. “Basta lembrar do nosso ataque em 2002 e 2006 para ver que estamos distantes daquele nível”, completou.

Presidente ainda falou sobre a escolha e expectativa por Carlo Ancelotti

Anunciado pela CBF após anos de especulação, Ancelotti, atualmente no Real Madrid, será o responsável por liderar o Brasil nas Eliminatórias e na Copa do Mundo de 2026. Para o presidente da República, o italiano tem experiência suficiente para ajudar a Seleção a voltar ao protagonismo mundial. “Ele foi um grande jogador e é um bom técnico. Tem preparo para classificar o Brasil e, quem sabe, conquistar a Copa.”

Lula afirmou que não tem objeções à escolha de um técnico estrangeiro, mas ressaltou que o Brasil também conta com profissionais capacitados. “O nosso problema talvez seja mais estrutural e organizacional. É difícil reunir os jogadores 15 dias antes de um jogo, o técnico escalar em dois dias e esperar ganhar de seleções que treinam com muito mais antecedência. Precisamos de mais tempo para convocar e treinar”, analisou.

Nova ideia para convocação da Seleção

O presidente ainda revelou ter sugerido ao presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, uma nova forma de convocação. A ideia seria selecionar os 22 jogadores com melhor desempenho ao fim do Campeonato Brasileiro, como uma experiência. “Acho que seria uma convocação tão boa quanto — ou até melhor — do que a forma tradicional”, concluiu Lula.