Kevin Durant se manifesta e rebate polêmica declaração
Kevin Durant volta a ser o centro das atenções nas redes sociais, desta vez por criticar uma tendência crescente entre os fãs de basquete. Tudo começou quando um usuário do X (antigo Twitter), identificado como Tonezy, publicou uma crítica à popularização dos chamados “fãs de jogadores”, em oposição aos tradicionais “fãs de times”, responsabilizando essa mudança de comportamento por prejudicar a experiência de assistir à NBA.
“O pior da NBA hoje? Gente que torce por jogadores e não pelos times. Estragam o jogo e a experiência. Bandwagonismo, etc. Queria que existisse uma solução pra isso.”
Durant, conhecido por sua presença ativa (e muitas vezes combativa) nas redes, não deixou passar em branco. Em resposta direta, rebateu:
“Os gerentes gerais de porão e os comissários da dark web arruinaram o discurso do basquete. Acham que sabem tudo e odeiam o produto. Criticam donos e executivos. Gente como você, Tony.”
Com sua típica mistura de ironia e franqueza, Durant atacou uma subcultura crescente entre os fãs da NBA — aqueles obcecados por simulações de trocas, teto salarial e análises de bastidores, quase como se fossem executivos de sofá. O recado foi claro: a paixão pelo jogo está sendo ofuscada pela especulação incessante.
Outro internauta, do perfil “The Brooklyn Way”, entrou na conversa com uma provocação bem-humorada:
“As batalhas semanais com @KDTrey5 e o Twitter dos Nets, rs. Parece que o KD se importa demais com a nossa opinião!?”
A resposta de Durant foi seca, mas certeira:
“Num minuto dizem que não nos importamos com os fãs, no seguinte dizem que nos importamos demais. Decidam-se.”
Rotina do astro fora das quadras
Esse tipo de troca já se tornou rotina para Durant, que desde a polêmica ida ao Golden State Warriors em 2016, passando por acusações de ser “assassino de técnicos” e até comentários sobre sua suposta insegurança, coleciona embates virtuais com críticos e fãs. Mas desta vez, há algo mais profundo em jogo.
O que Durant parece criticar não é apenas a mudança no tipo de fã, mas uma transformação mais ampla na maneira como o jogo é debatido. Em vez da emoção e da performance em quadra, muitos torcedores focam em contratos, trocas hipotéticas e “construções de elenco” — exaltando GMs e proprietários mais do que os próprios jogadores.
Seu comentário, à primeira vista exagerado, é na verdade um alerta sobre uma cultura que privilegia a teoria à prática, e o gerenciamento ao talento. A ascensão de movimentos como o “Trust the Process” e o culto à análise estatística avançada contribuíram para esse desvio do foco original: o amor pelo basquete jogado.
E, no fim das contas, por mais ácida que seja sua abordagem, Durant demonstra que se importa. Talvez até demais. Mas esse é o KD: brutalmente honesto, frequentemente mal interpretado, e sempre disposto a se posicionar — dentro ou fora das quadras.
Enquanto outros atletas preferem o silêncio estratégico ou respostas genéricas, Durant aposta na transparência. Para o bem ou para o mal, ele não apenas joga o jogo — ele participa do debate. E não pretende deixar que os “comissários da dark web” ditem o que é amar o basquete.