Ex-companheiro crava sem papas na língua o que falta para Nikola Jokic
A discursão sobre quem é um superstar na NBA prevalece não apenas entre jovens jogadores como Tyrese Haliburton e Shai Gilgeous-Alexander, mas também atletas veteranos experientes como Nikola Jokic e Jayson Tatum. Entre os atletas internacionais, especificamente, a liga possui uma dificuldade em decidir quem se tornará o rosto da competição norte-americana.
O pivô do Denver Nuggets conseguiu entrar nesta briga após vencer três dos cinco prêmios de MVP das últimas temporadas, além de liderar seu time a um campeonato. Porém, seu ex-companheiro de equipe, DeMarcus Cousins, declarou que acredita ser muito difícil vender Jokic como o rosto da NBA, apesar de tantas conquistas na competição.
Em conversa no programa “Run It Back” no FanDuel com Michelle Beadle e Chandler Parsons, o atleta que atualmente está sem clube, expressou suas opiniões sobre o sérvio.
“Você não pode ser um superstar se for conhecido apenas nos Estados Unidos. Eu não considero isso um superstar. A liga é maior do que isso, é uma marca global. Quando você começa a ter esse impacto global, você alcança o status de superstar. Acho que é uma combinação de todas essas coisas. Carisma também”, iniciou.
“Quer dizer, por mais incrível que o Jokic seja, não dá para vendê-lo. Não dá para comercializá-lo porque ele não tem essa grande personalidade, e isso é por escolha própria. Tive a oportunidade de ser companheiro de equipe dele. Ele não se importa com os holofotes; ele não quer ser esse tipo de cara. E aí você tem caras como o Anthony Edwards, tudo o que ele diz é ouro, entende? Então, obviamente, carisma importa. Acho que é uma combinação de todas essas coisas. É isso que te torna um superastro”, declarou o jogador.
Cousins jogou no Denver na segunda metade da temporada 2021-2022. Ele atuou em 29 partidas ao lado de Jokic naquele ano. Consequentemente, apesar de um possível viés por ter sido seu companheiro de equipe, o pivô ainda afirma que existe algo de errado com a personalidade de Jokic, então deve existir algum fundamento nisso.
Suas observações são pertinentes, pois a personalidade de Jokic não atrai ao público. A série das Finais da NBA de 2023 dos Nuggets foi a quinta menos assistidas da era moderna. Além disto, o basquete não ocupa um grande espaço na sua vida, na verdade, nem ao menos de um único dia.
Ele já admitiu diversas vezes que gosta de assistir as corridas de cavalos e se envolver e outras atividades em vez de assistir ou jogar basquete nas horas vagas. Ele não simboliza que seria, em geral, um grande modelo de atleta. Pessoalmente, muitos culpam Michael Jordan e Kobe Bryant por este tipo de preconceito implícitos em relação aos jogadores que colocam o basquete no centro de tudo o que ocorre na sua vida.
A ética de trabalho de disciplina apresentada por Bryant, combinados com a resiliência, a competitividade e o estilo de vida um tanto quanto imperfeito de Jordan, que dariam ao mundo um jogador que a era moderna aceiraria um rosto da NBA. Com isto, é mais provável que Anthony Edwards está muito mais perto de ser aceito como o próximo rosto da entidade, já que simboliza a obsessão imorredoura pelo esporte.
Mas se o basquete não é algo que mova sua vida, como no caso de Jokic, é difícil que grandes contratos sejam feitos por conta da sua personalidade.