Armador All-Star não agrada e pode estar de mudança na NBA
A passagem de Bradley Beal pelo Phoenix Suns pode estar perto de um desfecho amargo. Segundo o jornalista John Gambadoro, insider da equipe, a franquia está ativamente buscando se desfazer do armador, três vezes All-Star.
“Eles NÃO querem que ele volte. Mas ele tem uma cláusula de não troca e, se não aceitar um acordo de compra, os Suns podem acabar presos a ele… Eles definitivamente não o querem e estão tentando encontrar uma saída”, afirmou Gambadoro.
A declaração reforça a percepção crescente de que Beal se transformou em um peso tanto financeiro quanto estratégico para um time que falhou em corresponder às expectativas. Mesmo formando um trio estelar com Kevin Durant e Devin Booker, o Phoenix Suns ficou de fora dos playoffs de 2025 e teve o pior desempenho entre as cinco equipes com maior investimento da liga.
Com uma folha salarial de US$ 362 milhões — a mais cara da história da NBA, considerando os impostos de luxo —, a temporada do Suns foi um verdadeiro desastre.
Performance abaixo das expectativas pela franquia
O desempenho de Beal, por sua vez, não justificou o alto custo. Em duas temporadas com o time, ele disputou apenas 106 partidas, enfrentando uma série de lesões e apresentando rendimento inconsistente. Suas médias de 17,6 pontos, 3,9 rebotes e 4,3 assistências por jogo são sólidas, mas aquém do esperado para um jogador com status e salário de superestrela.
Para complicar ainda mais, Beal ainda tem dois anos restantes em seu contrato, com mais de US$ 110 milhões a receber — além de uma cláusula de não troca, que o impede de ser negociado sem seu consentimento. Essa condição foi herdada de seu contrato supermax assinado com o Washington Wizards, pouco antes de ser enviado para o Phoenix.
A cláusula representa um entrave significativo. Ela dá ao jogador controle quase total sobre seu destino e torna praticamente inviável qualquer tentativa de troca sem a colaboração do próprio Beal. Em um cenário de regras financeiras mais rígidas com o novo Acordo Coletivo de Trabalho da NBA, poucas equipes estão dispostas a assumir um compromisso tão oneroso com um atleta que já não é visto como pilar de franquia.
Os Suns já exploraram possíveis trocas antes do último deadline, mas fontes da liga indicam que não houve interessados sérios. Agora, com Jordan Ott assumindo como novo técnico, a diretoria enfrenta um dilema: como lidar com um jogador que não deseja mais manter?
Gambadoro revelou que uma das primeiras perguntas feitas aos candidatos ao cargo de treinador principal foi: “O que você faria com Beal?” — uma prova clara do nível de urgência da situação.
O futuro de Kevin Durant também segue indefinido. Equipes como Spurs, Rockets e Heat demonstraram interesse no veterano de 36 anos, e os Suns podem estar abertos a negociá-lo como parte de uma reformulação. Contudo, diferente de Beal, Durant ainda possui valor de mercado e pode render ativos em uma eventual troca.
Atualmente, o único nome em torno do qual Phoenix parece disposto a construir é Devin Booker. Jovem, talentoso e produtivo, ele é visto como a principal — senão a única — peça fundamental de um elenco que flerta com a necessidade de reconstrução completa.
Se Beal não aceitar uma rescisão contratual — o que implicaria um custo milionário para a franquia —, o Phoenix Suns poderá ser forçado a manter um jogador que já não faz parte dos planos, comprometendo boa parte de seu espaço salarial e sem perspectivas claras de evolução.
Por enquanto, a passagem de Bradley Beal pelo deserto do Arizona se configura como uma das experiências mais frustrantes e custosas da NBA recente.