Cinco estrelas da NBA que ficaram no banco durante o auge na liga
A NBA é repleta de histórias surpreendentes, mas poucos acontecimentos são tão intrigantes quanto ver uma estrela no auge de sua carreira relegada ao banco de reservas — não por falta de talento, mas devido à dinâmica da equipe, decisões estratégicas da diretoria ou mudanças no esquema do treinador.
Um exemplo recente é o Phoenix Suns. Na tentativa de equilibrar seu trio formado por Kevin Durant, Devin Booker e Bradley Beal, a equipe optou por colocar Beal no banco, o que causou grande repercussão na mídia.
Essa decisão pode ser parte de uma estratégia para otimizar o ataque, reduzindo a redundância de jogadores que dominam a posse de bola. Também há quem especule que seja uma jogada para persuadir Beal a abrir mão de sua cláusula de não-troca, permitindo uma possível negociação por Jimmy Butler. Independentemente do motivo, a decisão impacta o legado do jogador, que, aos 31 anos, ainda se encontra no auge de sua carreira.
Esse tipo de situação, no entanto, não é inédito. Vários outros jogadores de destaque enfrentaram o mesmo destino — estrelas que poderiam ser titulares em qualquer equipe, mas foram afastadas para o que se acreditava ser o benefício coletivo. A seguir, exploramos dez casos notáveis, excluindo jogadores como Kevin McHale, que iniciaram suas carreiras como sexto homem, diferentemente daqueles colocados no banco de forma repentina.
1. Carmelo Anthony (Houston Rockets, 2018)
Dez vezes All-Star e um dos maiores pontuadores de sua geração, Carmelo Anthony teve uma passagem polêmica pelos Rockets em 2018. Contratado com a esperança de conquistar um título, Melo não se adaptou ao papel reduzido no esquema do técnico Mike D’Antoni.
Em apenas 10 jogos, teve médias de 13,4 pontos e 5,4 rebotes por partida, mas seu baixo aproveitamento de 40,5% nos arremessos e suas limitações defensivas levaram a equipe a colocá-lo no banco e, posteriormente, liberá-lo. Essa mudança marcou um ponto de virada em sua carreira, forçando-o a se reinventar como jogador de apoio, o que permitiu prolongar sua trajetória no Portland Trail Blazers e Los Angeles Lakers.
2. Allen Iverson (Detroit Pistons, 2009)
Quando Allen Iverson chegou aos Pistons aos 33 anos, ainda apresentava números sólidos, com média de 17,4 pontos por jogo. Contudo, o técnico Michael Curry cogitou movê-lo para o banco, priorizando o desenvolvimento de Rodney Stuckey na equipe titular.
Iverson não aceitou bem a mudança e declarou: “Prefiro me aposentar a sair do banco.” Sua resistência causou tensões na equipe, e ele deixou os Pistons ao final da temporada. Esse episódio marcou o início do declínio da carreira de um dos armadores mais icônicos da NBA.
3. Manu Ginobili (San Antonio Spurs, 2007)
Diferente de outros casos, a ida de Manu Ginobili para o banco foi uma decisão tática de Gregg Popovich, e não punitiva. No auge de sua carreira, com médias de 16,0 pontos, 4,4 rebotes e 3,9 assistências, Ginobili aceitou o papel de sexto homem para fortalecer o elenco.
A estratégia foi um sucesso: ele conquistou o prêmio de Sexto Homem do Ano em 2008, com impressionantes médias de 19,5 pontos, 4,8 rebotes e 4,5 assistências. Ginobili redefiniu o papel de um jogador reserva, consolidando seu legado como lenda do Spurs.
4. Russell Westbrook (Los Angeles Lakers, 2022)
Ex-MVP e um dos jogadores mais explosivos da NBA, Russell Westbrook foi movido para o banco durante sua passagem pelos Lakers, sob o comando de Darvin Ham. A mudança tinha como objetivo melhorar a química da equipe e maximizar sua produção na segunda unidade.
Westbrook surpreendeu ao abraçar o novo papel, registrando médias de 15,9 pontos, 7,5 assistências e 6,2 rebotes por jogo. Apesar de simbolizar um declínio em seu status de superstar, a decisão destacou sua adaptabilidade. Atualmente, ele mantém boas atuações como reserva no Denver Nuggets.
5. Bradley Beal (Phoenix Suns, 2025)
A decisão dos Suns de colocar Bradley Beal no banco continua gerando discussões. Três vezes All-Star e conhecido por sua consistência como pontuador, Beal teria sido relegado à reserva para facilitar a química entre as superestrelas do time.
Com médias de 17,8 pontos, 3,6 rebotes e 3,2 assistências, Beal segue produtivo, mas rumores apontam que sua situação pode estar ligada a uma futura negociação. Se confirmada, essa reestruturação pode redefinir não apenas o futuro de Beal, mas também o dos Suns, marcando um dos momentos mais incomuns da NBA moderna.
Esses exemplos mostram que, apesar do impacto que uma decisão como essa pode ter no legado de uma estrela, ela também pode oferecer novas oportunidades para evolução e adaptação.