Dunga disse SIM para projeto e topou dirigir Seleção

Dunga é reconhecidamente um dos maiores nomes na história da Seleção Brasileira. O ex-volante fez o nome com a camisa “amarelinha”, sendo capitão em duas Copas do Mundo (1994 e 1998), além de ter sido o responsável por levantar a taça na conquista do Mundial disputado nos Estados Unidos.

Além disso, o ex-atleta partiu para a carreira como treinador, tendo passagem pelo Internacional e a própria Seleção Brasileira em duas oportunidades, de 2006 a 2010 e novamente entre 2014 e 2016. Anos depois, a lenda brasileira topou o desafio para dirigir Seleção.

Mas esse selecionado que estamos falando acontece fora das quatro linhas. Aposentado desde 2000 como jogador, Dunga passou a liderar o projeto social “Seleção do Bem”, que oferece agasalhos e refeições a pessoas em situação de rua em Porto Alegre, de acordo com informações divulgadas por uma reportagem do site ge, realizada em 2024. Sem dúvida, um golaço marcado por um jogador que sempre foi símbolo de raça e determinação por onde passou.

Como foi a última passagem de Dunga como técnico da Seleção Brasileira?

“Foi uma escolha feita com a participação de todos os que estão nesta mesa, numa demonstração de unidade e total integração, com foco em grandes conquistas no futuro.” Foi assim que, ainda sob o impacto da derrota por 7 a 1 para a Alemanha, o então presidente da CBF, José Maria Marin, apresentou Dunga como novo técnico da Seleção Brasileira no dia 22 de julho de 2014.

Sentado ao lado de Gilmar Rinaldi, o treinador iniciava sua segunda passagem no comando da equipe. Menos de dois anos depois, tanto ele quanto Gilmar seriam dispensados por Marco Polo Del Nero, sucessor de Marin.

Durante esse período, Dunga acumulou 18 vitórias, cinco empates e três derrotas. O golpe final veio com a derrota por 1 a 0 para o Peru, que eliminou o Brasil ainda na fase de grupos da Copa América Centenário, nos Estados Unidos, disputada em 2016.

No entanto, a pressão já era grande antes mesmo do torneio: após seis rodadas das Eliminatórias para a Copa do Mundo, a Seleção ocupava apenas o sexto lugar, fora até mesmo da zona de repescagem.

A segunda era Dunga ficou marcada por um rendimento abaixo do esperado em jogos oficiais: cinco vitórias, cinco empates e três derrotas, com um aproveitamento de 51%. Em 2015, a Seleção já havia sido eliminada precocemente da Copa América do Chile, caindo nos pênaltis para o Paraguai nas quartas de final, após uma campanha irregular na fase de grupos.

Curiosamente, os melhores resultados de Dunga no período vieram nos amistosos. Foram 13 vitórias consecutivas, incluindo triunfos marcantes sobre a Argentina de Messi (2 a 0, pelo Superclássico das Américas) e sobre a França de Griezmann, em Paris (3 a 1). A nova fase da Seleção chegou a empolgar no início, com 11 vitórias seguidas.

Fora de campo, Dunga adotou uma postura mais serena e conciliadora, contrastando com o perfil combativo da primeira passagem. Evitou atritos com a imprensa, deixando o papel de interlocutor mais direto para Gilmar Rinaldi, seu coordenador e fiel escudeiro, que foi alvo de críticas principalmente por seu passado como empresário.