Dwyane Wade fez forte revelação sobre sua saída do Miami Heat

Dwyane Wade causou surpresa ao deixar o Miami Heat em 2016, e, em uma aparição no OGs Show, ele falou abertamente sobre essa decisão. Durante o bate-papo com seus ex-companheiros de equipe Mike Miller e Udonis Haslem, Wade revelou que não se sentia respeitado pelo time.

“Naquele momento, eu não estava de boa com o Heat”, disse Wade. “Eu não gostei de como fui tratado e senti que tinha que sair… Existem certas coisas em que preciso pensar sobre como estou sendo tratado e respeitado, e, naquela época da minha carreira, eu simplesmente não senti que estava recebendo o respeito que merecia.”

“Eu não ligo, me deem o contrato de ‘passeio no pôr do sol'”, continuou Wade. “Eu mereço, porra. Era assim que eu me sentia. Não me importava com o que diziam sobre minha produção. Eu merecia. Então, sim, eu queria isso e não consegui, então fui embora.”

Grande experiência vivida no Chicago Bulls

Wade também refletiu sobre sua decisão de sair, dizendo que, de certa forma, foi uma bênção. Ele assinou com o Chicago Bulls, seu time de coração, naquela offseason, e foi uma experiência especial jogar em sua cidade natal.

Além disso, Wade passou muito tempo com seu agente, Henry Thomas, durante sua passagem pelos Bulls. Thomas faleceu em 2018, e Wade expressou a felicidade de ter podido passar tanto tempo ao lado dele antes de sua morte.

A permanência de Wade em Chicago foi curta. Em 2017, ele e a equipe chegaram a um acordo para a rescisão do contrato, e o jogador voltou ao mercado. O Heat lhe ofereceu a chance de retornar, mas Wade decidiu não voltar e assinou com o Cleveland Cavaliers.

“Sobre Cleveland, tudo bem, eu ainda estava lidando com meus sentimentos”, disse Wade. “Demorou um pouco para eu aceitar. Não vou mentir, eu poderia ter voltado para Miami depois de Chicago, mas eu ainda não estava pronto.”

“Fiquei magoado”, continuou. “O que as pessoas não entendem é que somos humanos… Fiquei com o coração partido… Eu pensei que tinha feito tudo, que era o pilar, e achei que deveria ser recompensado por isso. A razão de eu ter saído foi porque fiquei magoado com a forma como estavam lidando comigo, como me trataram.”

Em 2016, foi relatado que o Heat havia inicialmente oferecido a Wade um contrato de dois anos e US$ 20 milhões, depois aumentando para US$ 40 milhões. Mas, para Wade, isso ainda não era o suficiente. Ele ficou magoado por sentir que o time, no qual passou as primeiras 13 temporadas de sua carreira e conquistou três campeonatos, não estava lhe oferecendo o respeito que ele achava que merecia.

Quando os Bulls lhe ofereceram um contrato de dois anos e US$ 47,5 milhões, Wade aceitou, possivelmente impulsionado por um sentimento de desconfiança.

Com o tempo, no entanto, as feridas foram curadas, e Wade retornou ao Miami Heat em 2018. Os Cavaliers o negociaram de volta para o Heat em fevereiro, durante o prazo de negociações, e ele passou o último ano e meio de sua carreira na franquia. Durante suas 14 temporadas e meia com o Heat, Wade terminou com médias de 22,7 pontos, 4,7 rebotes, 5,6 assistências, 1,6 roubos de bola e 0,9 bloqueios por jogo.

Hoje, o relacionamento entre Wade e o Heat está totalmente curado. O jogador de 42 anos comparou a situação a um casal que passa por um período difícil, dizendo que 2016 foi um ano ruim, mas tudo foi perdoado. A prova disso é que o Heat recentemente homenageou Wade com uma estátua, inaugurada oficialmente em 27 de outubro. Ele é o primeiro jogador da franquia a receber tal homenagem, o que é mais do que merecido, já que ele é considerado o maior jogador da história da equipe.