Enquanto Flamengo gasta R$ 528 milhões com folha salarial, valor do Palmeiras surpreende
O futebol brasileiro segue aumentando seu gastos com salários exorbitantes, o que tem chamado atenção de atletas e técnicos de todo mundo, que começam a colocar o país como uma opção para o seu futuro. De acordo com os dados recentes do Relatório Convocados 2005, produzido pela Convocados Gestora de Ativos de Futebol em parceria com a OutField Inc. e patrocínio da Galápagos Capital, os números devem ser crescentes.
De acordo com o estudo, os “gastos com pessoal” incluindo salários, encargos trabalhistas e direitos de imagens de todos os funcionários dos clubes. A análise reforça a moda de crescimento das folhas salariais, com apenas Palmeiras e RB Bragantino conseguindo reduzir os custos em relação a temporada passada.
Maiores folhas salariais do país
O Flamengo segue na liderança de forma isolada, com R$ 605 milhões destinados a custos com pessoal em 2024, um aumento de 15% em relação ao ano anterior. Em seguida aparece o São Paulo, com R$ 452 milhões e o Corinthians, que desembolsou R$ 429 milhões.
O que chamou atenção foi o aumento de alguns clubes, em especial o Cruzeiro que ampliou em 69% seus gastos com pessoas, passando de R$ 162 milhões em 2023 para R$ 259 milhões em 2024, tudo impulsionado pela nova gestão. O Internacional também teve um aumento significativo de 29%, assim como o Vasco com 23% e Grêmio expandiu mais 21%.
Contudo, Palmeiras e Bragantino conseguiram reduzir seus gastos em 10% e 7%, respectivamente. Vale ressaltar que mesmo com a redução, a folha palmeirense é de R$ 424 milhões, sendo a quarta maior do país.
- 1º Flamengo – 605 Milhões (+15%)
- 2 º São Paulo – 452 (+10%)
- 3º Corinthians – 429 (+3%)
- 4º Palmeiras – 424 (-10%)
- 5º Fluminense – 378 (+19%)
- 6º Atlético-MG – 314 (+7%)
- 7º Grêmio – 305 (+21%)
- 8º Botafogo – 290 (+7%)
- 9º Internacional – 274 (+29%)
- 10º RB Bragantino – 251 (-7%)
- 11º Vasco – 234 (+23%)
- 12º Cruzeiro – 221 (+69%)
- 13º Bahia – 186 (+19%)
- 14º Athletico-PR – 173 (+1%)
- 15º Fortaleza – 168 (+6%)
- 16º Vitória – 109(+131%)
- 17º Cuiabá – 96 (+7%)
- 18º Criciúma – 77 (+136%)
- 19º Juventude – 67 (+156%)
- 20º Atlético-GO – 56 (+38%)
Ameaça financeira
O relatório chama atenção pelo fato da dependência de muitos times em transferências de jogadores para equilibrar as finanças.
“Os clubes operam com a folha no limite, e o aumento expressivo dos custos deve ser analisado com cautela”, destacou.
O crescimento generalizado dos gastos reforça a necessidade de políticas financeiras mais sólidas para evitar problemas estruturais de médio a longo prazo.