Foi parceiro de Romário e agora virou presidente de clube do futebol brasileiro

O futebol é feito de grandes personagens, ídolos e até mesmo aqueles que se tornaram “xodó” entre os torcedores de determinados clubes. Exemplos não faltam por aí e um deles caiu nas graças do torcedor do Flamengo. Atualmente esse ex-jogador tomou novos rumos, sem esquecer do esporte, tanto que adquiriu um clube aqui do Brasil.

O nome Paulo Marcel Pereira Merabet pode não ser amplamente reconhecido, mas para a torcida do Flamengo, ele sempre será lembrado pelo apelido que conquistou o carinho dos rubro-negros: Roma. Embora seu nome de batismo tenha ficado para trás no futebol, ele voltou a utilizá-lo na advocacia, profissão que escolheu após encerrar a carreira nos gramados.

Nascido em Belém, Roma começou sua trajetória no futsal do Remo nos anos 1990. Seu talento chamou a atenção de um dirigente, que o convidou para um teste no Flamengo depois de vê-lo marcar dois gols em uma final contra o Paysandu. Em 1997, foi aprovado e iniciou sua caminhada no clube carioca, dividindo vestiário com grandes nomes do futebol brasileiro. Um desses jogadores era Romário, e foi justamente pela semelhança física com o craque que Roma recebeu o apelido que o acompanhou ao longo da carreira.

Sua estreia pelo time profissional do Flamengo foi memorável. Em 2000, na Copa Mercosul, o Rubro-Negro goleou a Universidad do Chile por 4 a 0. Ao longo de sua passagem pelo clube, Roma disputou 118 partidas, conquistando 57 vitórias, 20 empates e 41 derrotas, além de marcar 23 gols.

No Flamengo, Roma também formou dupla de ataque com Adriano, ainda nos primeiros passos da carreira. Em 2001, os dois foram fundamentais para a conquista da Taça Guanabara, do Campeonato Carioca e da Copa dos Campeões Regionais. Um ano depois, Adriano partiu para a Inter de Milão, mas a amizade entre eles permaneceu.

Joguei ao lado do Adriano quando ele ainda era o Didico. Em 2001, conquistamos a Taça Guanabara. Sempre tivemos uma boa amizade. Ele me convidava para passar os fins de semana na Vila Cruzeiro, e eu ia sempre que podia. Fiquei muito feliz quando ele brilhou na Europa, pois sempre foi um cara humilde, de bom coração e disposto a ajudar todo mundo”, relembrou Roma em entrevista exclusiva ao site ge.

Além do Flamengo, Roma passou por diversos clubes brasileiros, como Brasiliense, Marília, Santa Cruz, Ituiutaba, Macaé, São Cristóvão, Água, Salgueiro e Bragantino do Pará. No exterior, defendeu equipes como Al-Nasr, Jeonbuk Motors, Lokeren, Pumas, Belenenses e Partizani Tirana. Em 2011, aos 32 anos, decidiu pendurar as chuteiras e iniciar um novo capítulo em sua vida: a advocacia.

Vida como advogado

Filho de uma juíza desembargadora, Roma cresceu em um ambiente jurídico e, após deixar os gramados, encontrou na profissão uma maneira de se manter próximo ao futebol. Aos 37 anos, formou-se em Direito e abriu um escritório com seu irmão, especializado em direito do trabalho e direito desportivo.

Presidente de clube e com sonhos grandes

Além da advocacia, Roma também se tornou presidente do Santa Rosa, clube que disputa a primeira divisão do Campeonato Paraense. Sob sua gestão, o time busca alcançar competições nacionais, como a Série D e a Copa do Brasil.

Nossa meta é chegar à Série D e à Copa do Brasil. Montamos um elenco competitivo, misturando juventude e experiência. Estamos trabalhando para fazer um bom ano e alcançar essas competições”, destacou.

Quando questionado se teria espaço no elenco atual, Roma não hesitou em se comparar a um ex-jogador do clube.

Acho que teria vaga nesse time. Com toda a estrutura do Flamengo e o nível técnico do elenco, me vejo sendo útil. Me considero melhor que o Michael, até pelas minhas características. Sabia atuar como extremo e também por dentro, além de finalizar bem. Não sei se seria titular, mas com certeza estaria no grupo para ajudar. Sem desmerecer o Michael, mas eu era mais veloz, tinha mais técnica e finalizava melhor”, concluiu.