A vida de Juan Toscano-Anderson no basquete daria um grande enredo para quem busca uma história de sobrevivência e transformação, algo além das conquistas atléticas. Na Série documental da NBA G League, que foi lançada recentemente, a ascensão do atleta é narrado, onde é contado sobre as dificuldades que atrapalharam sua vida, incluindo morar na rua em três oportunidades.
Aos 31 anos, o atleta do México City Capitanes comentou o quanto ele evoluiu, principalmente após as lições que aprendeu sobre a vida, a autoestima e o dinheiro.
“Quando comecei a ganhar dinheiro, no meu primeiro ano jogando profissionalmente, não gastei porque tinha medo. Tinha medo de gastar porque já fiquei sem teto três vezes, mano. E eu pensei: cara, nunca mais quero ficar sem dinheiro, nunca mais”, iniciou.
“Mas o lado negativo disso, se eu tivesse, é que se eu tivesse educação e fosse financeiramente alfabetizado, eu teria pegado aqueles US$ 70.000, e esses US$ 70.000 provavelmente seriam um milhão de dólares hoje. Se eu soubesse o que sei hoje, teria pegado esse dinheiro e investido. Teria gasto nas coisas certas. Mas o que aprendi no dia 31, é que chamo meu dinheiro de meus soldadinhos de papel. Sempre que eu os chamo, é assim que eu os chamo”.
Diferentemente dos outros atletas, o nativo de Oakland não seguiu o caminho tradicional da NBA. Após não ser draftado em 2015, Toscano-Anderson buscou um novo rumo no basquete profissional do México, atuando no Soles de Mexicali e o Fuerza Regia, antes de conseguir destaque na G League, defendendo as cores do Santa Cruz Warriors.
Com toda sua garra e fé, ele conseguiu uma chance de jogar no Golden State Warriors, sendo considerado um dos pilares da equipe e um dos favoritos dos fãs. O jogador fez história ao se tornar o primeiro atleta com ascendência mexicana a ganhar um título da NBA, jogando na equipe de Stephen Curry, na temporada 2021-2022.
Ao longo de sua carreira atuando cinco anos na principal liga de basquete do mundo, com passagens pelo Warriors, Los Angeles Lakers, Utah Jazz e Sacramento Kings, o atleta ganhou aproximadamente US$ 4,7 milhões, valor que ele jamais imaginaria ganhar em sua vida.
No documentário, Juan reflete sobre o medo de voltar a ser pobre e como ele o guiava, mesmo agora tendo uma estabilidade financeira boa. Sua história é vista como um testemunho poderoso, lembrando aos jovens que é necessário darem importância a educação financeira e que precisam aproveitar cada oportunidade para inspirar outras pessoas.