Justiça bate o martelo e concede vitória para Gustavo Scarpa no caso das criptomoedas

Gustavo Scarpa deu mais um avanço significativo no processo judicial que move desde o fim de 2022 para recuperar um prejuízo estimado em R$ 6,3 milhões. O meia do Atlético-MG tenta reaver o valor perdido após investir, sem sucesso, na empresa de criptomoedas Xland. A Justiça autorizou recentemente a penhora de um Fiat Palio vermelho, fabricado em 2013 e avaliado em R$ 24 mil, como parte do processo.

O veículo está atualmente em nome de um aposentado de 71 anos, que o adquiriu em 2023 sem saber que estava vinculado a um processo judicial. Surpreso com a possibilidade de ter o carro apreendido, o novo proprietário entrou com uma ação para tentar reverter o bloqueio.

Anteriormente, o automóvel estava registrado em nome da empresa Soluções Tecnologia, uma das rés na ação movida por Scarpa. Segundo informações da ESPN, a Justiça reconheceu a conexão do bem com os envolvidos no caso e manteve a decisão de penhora.

Envolvimento de Willian Bigode

Além da Xland e da Soluções Tecnologia, a ação inclui também o atacante Willian Bigode, atualmente no América-MG. À época dos investimentos, Willian e Scarpa eram companheiros no Palmeiras, e o meia afirma ter confiado no colega por conta da relação de amizade. Willian é sócio da WLCJ Consultoria, empresa que apresentou a proposta de investimento à Scarpa, indicando a Xland como uma oportunidade de alto retorno financeiro.

Obstáculos na recuperação do dinheiro

Apesar de algumas vitórias judiciais, a recuperação do valor total segue sendo um desafio. A defesa de Scarpa ainda não conseguiu localizar bens de valor expressivo pertencentes à Xland para penhora. Até agora, cerca de R$ 500 mil foram bloqueados em contas dos réus — uma quantia ainda muito inferior aos R$ 6,3 milhões investidos.

O jogador também busca judicialmente a penhora de 30% do salário de Willian Bigode. A Justiça segue realizando diligências para identificar outros ativos que possam ser utilizados para saldar a dívida.

Origem do caso

O caso teve início em maio de 2022, quando Gustavo Scarpa investiu o valor na Soluções Tecnologia, com a intermediação da WLCJ Consultoria. Desde então, o meia tenta responsabilizar civilmente todos os envolvidos pela perda milionária.