Lakers estão se dando bem com “rebaixamento” de famosa estrela
Por muito tempo, D’Angelo Russell foi alvo de críticas, principalmente devido à sua forma inconsistente e deficiências defensivas. Essas preocupações atingiram seu auge durante o jogo entre os Los Angeles Lakers e o Memphis Grizzlies, em 6 de novembro, quando o técnico JJ Redick fez mudanças significativas, reduzindo drasticamente o tempo de jogo de Russell e fazendo comentários duros sobre seu desempenho.
“É uma questão de nível de competitividade, atenção aos detalhes, algumas coisas que discutimos com ele nas últimas semanas. Às vezes, ele tem sido muito bom nesses aspectos, e outras vezes, volta a certos hábitos”, disse Redick. “Não foi uma punição, apenas sentimos que tínhamos uma chance de vencer o jogo e esse era o caminho que queríamos seguir.”
Russell foi “rebaixado” para o banco dos Lakers
Desde então, o jogador de 28 anos foi colocado no banco, o que, surpreendentemente, acabou beneficiando tanto ele quanto a equipe. Os Lakers reagiram positivamente à mudança, iniciando uma sequência de cinco vitórias consecutivas desde que Russell deixou a titularidade, o que os colocou na parte de cima na Conferência Oeste, com um recorde de 10-4.
A alteração também resolveu um problema persistente dos Lakers — a produção do banco de reservas. Com Russell fora da escalação inicial, a promoção de Cam Reddish ao time titular ajudou a equilibrar o elenco de forma mais eficaz.
Embora o desempenho ofensivo de Reddish seja limitado, sua contribuição defensiva tem sido valiosa. Assumindo tarefas defensivas importantes, ele permitiu que Austin Reaves preservasse energia para a produção ofensiva, contribuindo para o sucesso geral da equipe.
Apesar disso, o banco dos Lakers continua sendo uma preocupação, classificando-se atualmente em 28º lugar, com uma média de 24,1 pontos por jogo. Russell, apesar de seus altos e baixos, tem sido uma peça-chave na pontuação do banco, com destaques de 18 e 15 pontos contra Philadelphia 76ers e Toronto Raptors.
A mudança, no entanto, não foi sem desafios. Embora Russell tenha se mostrado decisivo em momentos importantes, sua seleção de arremessos permanece errática e sua tomada de decisão, às vezes, imprevisível. Ainda assim, sua capacidade de aparecer nos momentos certos tem sido um ponto positivo.
Desde que foi “rebaixado”, Russell tem uma média de 12,2 pontos e 3,4 assistências por jogo, mantendo uma taxa de turnovers relativamente baixa. Notavelmente, ele tem um aproveitamento de 43,3% nos arremessos de três pontos, fornecendo a faísca ofensiva necessária vindo do banco. Sua classificação positiva e negativa de +11,6 durante esse período destaca o impacto positivo da mudança.
Defensivamente, embora o esforço de Russell tenha melhorado, ainda há áreas a serem trabalhadas. Contudo, os sinais são encorajadores, sugerindo que a mudança pode ter ajudado a focar nas áreas onde o time mais precisa dele.
Durante toda a transição, Russell manteve uma postura positiva, expressando seu comprometimento com o sucesso da equipe. “Eu só quero vencer. Então, custe o que custar, mudança de planos, seja o que for, o que o treinador precisar, vou fazer parte disso para ajudar a equipe”, disse ele após a vitória dos Lakers sobre o Philadelphia, via ESPN.
Neste ponto de sua carreira, parece claro que D’Angelo Russell está focado em vencer. Se isso significar sair do banco, ele está disposto a aceitar o papel para o bem maior da equipe. Apesar da mudança, ainda há especulações sobre seu futuro no time, com o gerente geral Rob Pelinka supostamente avaliando opções de troca para fortalecer ainda mais o elenco. Por enquanto, Redick encontrou uma forma de alcançar vitórias com Russell na equipe.