Lenda do Chicago Bulls: Scottie Pippen voltou atrás sobre série de Michael Jordan

Scottie Pippen recentemente adotou um tom mais conciliador em relação ao documentário The Last Dance, sucesso de 2020 que revisitou a lendária dinastia dos anos 1990 do Chicago Bulls. Apesar de inicialmente criticar a forma como o documentário retratou seu papel no time e deu grande destaque a Michael Jordan, Pippen agora descreveu a produção como um “ótimo documentário“.

“Foi muito positivo“, afirmou Pippen. “Naquele momento, precisávamos de algo positivo e bom para assistir na TV. Achei o documentário ótimo; fiquei um pouco decepcionado por não ter participado de sua produção, mas ele foi incrível e até ganhou prêmios.

Ex-jogador fez pesadas críticas no momento do lançamento

Quando The Last Dance foi lançado durante o auge da pandemia de COVID-19, recebeu aclamação tanto dos fãs quanto da crítica. A série mergulhou profundamente nas seis conquistas de campeonato dos Bulls e nos bastidores do time. No entanto, Pippen emergiu como uma das vozes mais críticas, acusando a produção de privilegiar o legado de Jordan às custas da narrativa coletiva da equipe.

Na época, Pippen destacou que o documentário projetava o sucesso dos Bulls como um esforço isolado de Jordan, ignorando a contribuição essencial dos demais jogadores. Ele ficou especialmente incomodado com a ênfase desproporcional nos momentos individuais de Jordan, incluindo episódios fora das quadras. “Cada episódio era a mesma coisa: Michael em um pedestal, e seus companheiros de equipe relegados ao segundo plano“, disse Pippen.

Outra crítica de Pippen foi a abordagem de momentos polêmicos, como sua recusa em voltar à quadra em 1994, quando o técnico Phil Jackson confiou a jogada decisiva a Toni Kukoč. Pippen afirmou que Jordan, fora da equipe na época, não tinha base para comentar o ocorrido.

Essa reavaliação de Pippen reflete uma mudança significativa em sua perspectiva. Apesar de suas críticas iniciais, ele parece reconhecer agora o impacto cultural do documentário, que reacendeu o interesse global pela era dourada dos Bulls e apresentou aos fãs mais jovens uma das maiores dinastias do esporte.

Talvez, com o tempo, Pippen tenha superado as mágoas que o levaram a criticar o documentário inicialmente. O sucesso estrondoso de The Last Dance e sua aclamação global podem ter ajudado a reformular sua percepção. Além disso, a nostalgia dos anos de sucesso ao lado de Jordan e do resto da equipe pode ter suavizado suas frustrações. Afinal, Pippen e Jordan continuam sendo uma das duplas mais icônicas da história da NBA.

Curiosamente, esta não é a única mudança recente de tom de Pippen. Ele voltou a reconhecer Jordan como o maior jogador de todos os tempos (GOAT), após anos oscilando entre outros nomes como Kobe Bryant e LeBron James.

No fim, The Last Dance não apenas celebrou o domínio do Chicago Bulls, mas também mostrou os desafios de integrar um time liderado por um dos atletas mais competitivos da história. A mudança de perspectiva de Pippen demonstra o impacto do tempo e a permanência das conquistas que ajudaram a definir sua carreira e o legado dos Bulls.