Lesão de Stephen Curry vira desafio para o Golden State Warriors

Nada provoca tanta inquietação nos torcedores do Golden State Warriors quanto ver Stephen Curry mancando. Enquanto seus 16 anos na liga são marcados por quatro campeonatos e momentos brilhantes, as temporadas arruinadas por lesões nos ligamentos talofibulares anteriores estão entre os momentos mais difíceis.

O gemido que ecoou pelo Chase Center na noite do último domingo (27), quando Curry mancava pelo piso no terceiro quarto e se dirigiu ao banco, refletiu a ansiedade de seus fãs. A expressão em seu rosto também revelava o temor: seu mancar parecia dizer: “Oh, não. Não me faça passar por isso de novo!” enquanto tentava ignorar a dor.

Curry detesta estar machucado, e a gravidade da situação é amplificada pelo quão crucial é o início desta temporada para os Warriors. O clima era promissor, com uma boa química desenvolvida durante o treinamento no Havaí, que se traduziu em uma pré-temporada produtiva e duas vitórias expressivas em Portland e Utah, criando um ambiente positivo em Golden State.

Após uma conversa com um preparador físico, Curry tentou trabalhar no tornozelo esquerdo com uma faixa de resistência enquanto estava sentado no banco. No entanto, voltou a sentir a dor e, em apenas 13 segundos, mancou novamente em direção ao vestiário após torcer o tornozelo.

Essa lesão estragou a estreia dos Warriors em casa, onde enfrentaram os atléticos Los Angeles Clippers. Sem o atual Jogador do Ano do Clutch no time para o final da partida, os Warriors não conseguiram produzir o necessário, perdendo por 112-104.

Teste de fogo para os Warriors

Agora, a profundidade do elenco dos Warriors será colocada à prova. No último jogo, o banco não teve um bom desempenho, com todos que jogaram mais de um minuto apresentando um saldo negativo em quadra. A precisão dos arremessos de três pontos também decepcionou: apenas 4 de 16 no último quarto e 14 de 43 no total. O que havia funcionado tão bem nos primeiros jogos da temporada falhou na estreia em casa.

Muitos comentaram sobre a rotação de 12 jogadores do técnico Steve Kerr. O desafio de ter tantos jogadores merecendo minutos é administrar o tempo em quadra. Kyle Anderson ficou de fora e, segundo Kerr, “eu o coloquei em quadra por apenas quatro minutos, mas ele foi impressionante no banco, liderando e conversando com os outros. Isso é fundamental quando se joga com tantos jogadores. Todos precisam estar comprometidos.”

Essa profundidade era exatamente o que os Warriors planejaram para esta offseason. A perda de Klay Thompson e as oscilações de estrelas foram catalisadores para que o gerente geral Mike Dunleavy retornasse à filosofia de “Força em Números”. Eles se reforçaram com veteranos e alas, melhorando sua versatilidade e abordando problemas prementes em conjunto. Estão se preparando para lidar com ausências de jogadores.

Perder Curry no terceiro jogo da temporada, especialmente por um tempo potencialmente longo, é um desafio significativo.

“Ele está bem”, disse Kerr. “Acho que ele descreveu a lesão como leve ou moderada. Ele já torceu o tornozelo várias vezes antes, então não acredita que seja grave. Mas, claro, é uma preocupação.”

É provável que Curry perca os jogos de terça e quarta-feira contra o New Orleans, e uma semana de descanso poderia trazê-lo de volta na segunda-feira, em Washington, resultando em uma ausência de três partidas.

Neste momento, tudo é especulação. Porém, após tantos anos observando Curry, é possível deduzir sua reação. O fato de ele ter tentado continuar jogando e os treinadores terem permitido isso é um sinal positivo, mesmo que a torção seja um indicativo de que ele precisará de descanso.