Em 2023, quando Michael Jordan finalizou a venda de sua participação majoritária no Charlotte Hornets por US$ 3 bilhões, muitos torcedores afirmaram que aquele seria o capítulo final da história. Contudo, nos bastidores, o ex-astro da NBA, havia programado o próximo passo da continuação.
Após 13 anos, 423 vitórias e nenhum triunfo em séries de playoffs, MJ não queria apenas lucrar e sim garantir que a Carolina do Norte ainda tivesse uma voz ativa no futuro da equipe. O ex-mandatário fez uma viagem pessoal a Nashville para se encontrar com o amigo de longa data e astro country, Eric Church, para conversar sobre suas ideias.
“Ele estava vendendo sua participação e queria alguns moradores da Carolina do Norte que representassem uma porcentagem dos Hornets”, declarou Church no podcast The Steam Room, mostrando que o passeio não foi apenas para jogar golfe.
Church então se tornou um acionista minoritário do Hornets, mas não apenas por status e sim pelo projeto apresentado. “Você meio que tem um plano de três a cinco anos”, disse o homem a Bobby Bones, apontando para uma estratégia focada em escolhas de draft e melhorias na arena.
Com o Hornets enfrentando a maior crise, sem ir para os playoffs da NBA (nove temporadas fora), a nova administração investiu US$ 245 milhões na reforma do Spectrum Center e está de olho no Draft da NBA de 2025, onde terão 14% de chance de escolher a primeira escolha.
Mesmo afastado do controle majoritário, Jordan se manteve participando da parte minoritária da equipe. Essa mudança o mantém envolvido nas decisões, ao mesmo tempo em que permite que os coproprietários Gabe Plotklin e Rick Schnall estejam no comando.
Outro detalhe importante é a influência de Jordan que permanece na franquia, tanto na diretoria quanto na escolha das pessoas que levarão sua visão para frente. Ou seja, torcedores do Hornets, Jordan não apenas vendeu a equipe, como preparou todo o terreno para uma reconstrução baseada na garra da Carolina do Norte, e no sucesso aguardado há muito tempo.