O universo da NBA foi surpreendido com a notícia de que Michael Jordan pode estar de volta à liga — mas, desta vez, fora das quadras. A NBC anunciou que Jordan será um “colaborador especial” na cobertura da NBA a partir da próxima temporada.
Aos 62 anos, é evidente que um retorno como jogador está fora de questão. No entanto, essa novidade contraria a imagem pública de Jordan como alguém reservado, que evita os holofotes e raramente faz aparições públicas. Após vender sua participação majoritária no Charlotte Hornets em 2023, muitos imaginaram que ele estivesse se afastando do basquete de forma definitiva.
Participação do astro será diferente do que muitos imaginavam
Agora, uma nova reportagem revela que o papel de Jordan será mais contido do que muitos imaginavam. Segundo o jornalista Alex Sherman, da CNBC, Jordan não terá um papel ao vivo: ele deverá aparecer apenas em segmentos gravados, que serão exibidos durante programas pré-jogo ou nos intervalos das transmissões.
“O papel ainda é nebuloso”, escreveu Sherman. “Mas o plano inicial é que Jordan grave análises pontuais ao longo da temporada.” A iniciativa foi articulada por Jon Miller, veterano executivo da NBC Sports e amigo de longa data de Jordan.
Ou seja, Jordan continuará longe de improvisos ou interações diretas com o público e imprensa — algo que sempre evitou. Ainda assim, o crédito pela negociação vai para Jon Miller, que conseguiu convencê-lo a retornar ao ambiente da NBA, mesmo que de forma controlada.
Reação de Jordan e da mídia ao anúncio
Após a divulgação da parceria, Jordan comentou publicamente o novo projeto:
“Estou muito animado para ver a NBA de volta à NBC. A NBA na NBC foi uma parte importante da minha carreira, e estou empolgado por ser um colaborador especial do projeto. Mal posso esperar para ver todos vocês quando a NBA na NBC estrear em outubro.”
A mídia especializada reagiu com entusiasmo e bom humor. Stephen A. Smith sugeriu que Jordan aparecesse em seu primeiro segmento fumando um charuto, enquanto Nick Wright brincou dizendo que ele deveria ser nomeado “especialista em apostas” da emissora.
Apesar da descontração, há cautela. Após o lançamento do documentário The Last Dance, Jordan foi criticado por ex-colegas de equipe, já que sua marca, Jump 23, foi coprodutora do projeto e teve controle editorial sobre o conteúdo final. Espera-se que, nesta nova empreitada, ele enfrente menos críticas e possa contribuir de forma positiva — e estratégica — para a cobertura da NBA.
