Vai aposentar? Chris Paul trouxe atualização sobre o futuro da carreira

Está terminando oficialmente a 20ª temporada de Chris Paul na NBA — e ela não está encerrando como o veterano de 39 anos imaginava. Quando assinou um contrato de um ano e US$ 10 milhões na última offseason, Paul vislumbrava a chance de jogar sob o comando de um dos maiores treinadores da história e ao lado de uma das jovens promessas mais impressionantes da liga neste século.

Gregg Popovich, técnico mais vitorioso da NBA e membro do Hall da Fama, se preparava para iniciar sua 29ª temporada à frente do San Antonio Spurs. Pop chegou a prometer que Paul seria titular e jogaria o quanto sua condição física permitisse.

Victor Wembanyama, pivô de 2,21m e já considerado o melhor defensor interno da NBA, parecia capaz de transformar os Spurs em candidatos aos playoffs.

Destino tomou outro rumo e planos caíram por terra

Nove dias após o início da temporada, Popovich sofreu um AVC leve e deixou o comando da equipe. Pouco depois da participação de Wembanyama em seu primeiro All-Star Game, o calouro foi diagnosticado com um coágulo no ombro direito e teve sua temporada encerrada.

Assim, os dois grandes motivos que levaram Paul a escolher San Antonio como seu novo destino na NBA deixaram de estar em quadra.

Com a derrota para o Portland Trail Blazers no domingo (6), os Spurs (32-46) foram oficialmente eliminados da disputa pelo Play-In da Conferência Oeste. Mesmo diante das adversidades, Paul permanece otimista ao se aproximar do fim da temporada.

O que ele acredita ter ganhado com essa difícil experiência?

Muito, muito mesmo”, afirmou Paul recentemente. “As pessoas sempre pensam no que estou ensinando, mas estou constantemente aprendendo. Observo muito, presto atenção às tendências, aos jogadores, aos movimentos. Sou muito grato aos caras, à comissão técnica, aos fãs, ao Pop, ao Manu (Ginobili), ao TD (Tim Duncan)… a todos eles.”

Apesar da frustração por não alcançar a pós-temporada, a campanha teve marcos importantes para Paul. Em dezembro, ele ultrapassou Jason Kidd e se tornou o segundo maior assistente da história da NBA. Com as nove assistências do jogo de domingo, passou a ter 12.485 – atrás apenas de John Stockton, líder com 15.806.

Também superou Kidd na lista de roubos de bola, com 2.712 no total, contra os 3.265 de Stockton.

Você nunca sabe onde sua carreira vai te levar”, disse Paul, que tem médias de 8,8 pontos e 7,6 assistências por jogo. “Nunca imaginei que estaria aqui em San Antonio. Mesmo sem jogar aqui, sempre admirei o Pop, queria conhecer melhor o Vic, o Harrison (Barnes)… Tem sido incrível criar vínculos que vão durar para sempre.”

Futuro do jogador

Apesar de parecer uma despedida, muitos acreditam que Paul ainda não vai se aposentar. Steve Kerr, técnico do Golden State Warriors, está confiante no retorno de Paul para mais uma temporada.

Ah, ele vai jogar no ano que vem”, disse Kerr. “Não perguntei, mas conhecendo o Chris, ele voltará.

Kerr, que trabalhou com Paul em 2023-24 nos Warriors, elogiou sua dedicação: “Seu QI de basquete, sua competitividade, seu comprometimento com o time e com o jogo… foi um prazer treiná-lo.”

Em março, Paul revelou ao jornalista Marc J. Spears, do Andscape, que deseja continuar atuando, mesmo prestes a completar 40 anos. Mas destacou que a decisão também depende de conversas com sua família.

Cada ano que passa, esse diálogo se torna mais importante. Meus filhos têm muito a dizer”, afirmou.