Warriors tem um diferencial que nenhum outro time conta nesse começo de temporada da NBA
Após uma vitória impressionante sobre o atual campeão Celtics em Boston na quarta-feira (6), os Warriors estão com um impressionante início de 7-1, liderando a Conferência Oeste e mostrando potencial de candidatos ao título nos primeiros momentos da temporada 2024-25.
Embora o quinteto inicial do Golden State tenha se destacado, impulsionado pelo impacto de Stephen Curry, o jogo bidirecional de Andrew Wiggins, a precisão de Moses Moody (48,6% de três pontos) e a defesa impecável de Draymond Green e Trayce Jackson-Davis, o destaque real tem sido o desempenho do banco.
Nas primeiras semanas da temporada, a segunda unidade dos Warriors tem feito história, com média de 59,4 pontos por jogo — quase igualando os titulares, que somam 61,8 pontos. Essa produção é a mais alta de qualquer banco da NBA este ano, mostrando que é um diferencial único da equipe sobre os rivais.
O desempenho é tão impressionante que supera qualquer unidade reserva dos últimos 25 anos, com a exceção mais próxima sendo o Los Angeles Clippers de 2018-19, cujo banco tinha média de 53,2 pontos por jogo.
Steve Kerr tem mérito com o banco dos Warriors
Em uma liga onde muitas equipes têm adotado rotações mais enxutas — como os próprios Celtics, que jogaram com apenas nove jogadores em uma das temporadas mais dominantes recentes — o técnico Steve Kerr merece crédito por seguir um caminho diferente.
Kerr está utilizando uma rotação profunda, com 13 jogadores com média de ao menos 12 minutos por partida. Ele criou um sistema onde cada jogador do banco sabe exatamente o que é esperado dele e pode utilizar ao máximo suas habilidades únicas, o que tem sido fundamental para o sucesso dos Warriors.
Buddy Hield emergiu como o líder do banco do Golden State, sendo um arremessador de alto volume com um alcance impressionante. Ele desafia os defensores, correndo mais de duas milhas por jogo em apenas 26,1 minutos por noite, um dos maiores esforços entre os reservas da liga.
Com uma média de 20,1 pontos por jogo e aproveitamento de 48,4% de três pontos em 8,9 tentativas, Hield desponta como o favorito para o prêmio de Sexto Homem do Ano.
Após iniciar os três primeiros jogos da temporada, Jonathan Kuminga foi movido para a segunda unidade por Kerr, e a mudança trouxe grandes resultados. Kuminga brilhou, com média de 16,2 pontos por jogo — o terceiro maior entre todos os reservas — com 41,7% de acertos nos três pontos e 48,4% de aproveitamento geral.
Embora inicialmente desapontado com a mudança, ele canalizou essa energia para dominar os adversários no banco, atacando o garrafão com força e se tornando uma ameaça constante.
Kyle Anderson tem sido uma peça fundamental, trazendo solidez defensiva e contribuindo em vários aspectos que fazem a diferença para o time. Kevon Looney, com apenas 16,3 minutos em quadra, lidera a equipe com 8,4 rebotes por partida, dominando o rebote ofensivo.
Brandin Podziemski, alternando entre titularidade e banco, ainda lidera a equipe em plus-minus com +14,3, mesmo enfrentando dificuldades com os arremessos de três pontos. De’Anthony Melton, Lindy Waters III e Gary Payton II têm sido essenciais na defesa, agregando energia e intensidade sempre que estão em quadra.
Os Warriors podem conquistar um título com uma rotação tão profunda? A resposta é um retumbante… talvez. Nenhum time campeão anterior teve tanta profundidade. Só o tempo dirá se a abordagem de Steve Kerr se provará eficaz nos playoffs, mas uma coisa é certa: o Golden State se estabeleceu como um candidato sério ao título.