NBA: site classifica duas recentes negociações que podem ser consideradas piores da década
A última década na NBA tem sido marcada por algumas negociações controversas. Entre elas, a decisão dos Lakers de trocar Kyle Kuzma e Kentavious Caldwell-Pope por Russell Westbrook, apenas 10 meses após conquistar um título, e o ousado movimento dos Timberwolves ao adquirir Rudy Gobert por quatro escolhas de primeira rodada e Walker Kessler. Ambas acabaram se mostrando apostas infelizes.
Na offseason de 2024, mais dois acordos chamaram atenção por sua possível inclusão na lista das piores trocas da era moderna. O site yardbarker.com analisou essas movimentações e entender por que elas podem ser lembradas como algumas das mais lamentáveis da década.
Os Knicks hipotecaram seu futuro
- Knicks recebem: Mikal Bridges, Keita Bates-Diop, uma escolha de segunda rodada em 2026 e os direitos de draft de Juan Pablo Vaulet.
- Nets recebem: Bojan Bogdanovic, Mamadi Diakite, Shake Milton, quatro escolhas de primeira rodada desprotegidas (2025, 2027, 2029, 2031), uma troca de escolha desprotegida em 2028, uma escolha de primeira rodada de 2025 protegida entre os quatro primeiros via Bucks e uma escolha de segunda rodada em 2025.
As estatísticas avançadas traçam um cenário preocupante para Mikal Bridges. Entre os titulares dos Knicks, ele possui o pior Box Plus/Minus (BPM) da equipe, com -1,5. Além disso, seu True Shooting Added é de -8,3, o menor do time, enquanto seu Player Impact Estimate (PIE), métrica abrangente do NBA.com, está em apenas 8,0, ocupando a distante 300ª posição na liga.
Embora Bridges tenha se destacado nas finalizações perto do aro, convertendo 81,4% das tentativas, sua ineficiência nas bolas de três pontos — com um aproveitamento de apenas 34,3% — diminui seu impacto ofensivo. Defensivamente, sua reputação também tem sido questionada, com diversos adversários como Zach LaVine e Jayson Tatum registrando 100% de aproveitamento em posses contra ele nesta temporada.
Apesar de sua durabilidade — liderando a liga com 38,3 minutos por jogo em 24 partidas disputadas —, seu desempenho tem sido mediano. O New York Knicks comprometeu seu futuro em um movimento que já desperta dúvidas sobre sua viabilidade.
Os Pelicans abriram mão de um defensor de elite e escolhas valiosas
- Pelicans recebem: Dejounte Murray.
- Hawks recebem: Dyson Daniels, EJ Lidell, Larry Nance Jr., Cody Zeller, uma escolha de primeira rodada em 2025 (via Lakers) e uma escolha de primeira rodada protegida no top 4 em 2027.
Após fraturar a mão esquerda no jogo de abertura, Murray disputou apenas oito partidas, registrando médias desanimadoras de 15,9 pontos, 33,6% de aproveitamento nos arremessos de quadra e 25,5% nas bolas de três. Suas dificuldades para criar oportunidades de arremesso têm levantado preocupações sobre sua capacidade de liderar a equipe em uma campanha de playoffs.
O histórico de Murray também não inspira confiança. Seu melhor desempenho coletivo foi em 2017-18, com um papel secundário no time de 47 vitórias dos Spurs. Desde então, ele alcançou no máximo uma campanha de 41-41 com os Hawks, reforçando dúvidas sobre sua capacidade de ser uma peça central em uma equipe vencedora.
Enquanto isso, os Hawks prosperaram após a troca. Com uma sequência de seis vitórias em sete jogos, a equipe subiu para 13-12 na temporada. Trae Young, agora sem Murray, tem apresentado atuações de destaque, com médias de 20,9 pontos e 12,2 assistências por jogo, liderando a liga.
Do lado defensivo, Dyson Daniels, enviado aos Hawks, emergiu como uma revelação. Ele lidera a NBA em roubos (3,2 por jogo) e deflexões (6,5 por partida), consolidando-se como um dos defensores mais impactantes da liga.
Os Pelicans, por outro lado, sacrificaram duas escolhas de primeira rodada e jogadores importantes como Daniels e Larry Nance Jr., apenas para amargar a última posição na Conferência Oeste, com um recorde de 5-20. A troca por Murray está rapidamente se tornando um grande erro para Nova Orleans.
Essas duas negociações destacam como decisões mal planejadas podem comprometer o futuro de uma franquia, lembrando que, na NBA, nem toda aposta ousada vale a pena.